E o plano discursivo escolhido para essa implicação psicanalítica não foi outro que o da educação. Ou antes: o plano que aqui se encontra em pauta é o da articulação (im)possível entre educação e psicanálise. Trata-se, portanto, do campo discursivo no qual se vinculam dialeticamente – muito embora sem pretensão de síntese ou fusão – a psicanálise e a educação. Em suma: para que a subjetividade do aluno seja levada em conta, não é necessário que ele receba um tratamento único, especial, particularizado, etc. na escola. O que se requer é que o tratamento público levado a cabo aí seja não todo, isto é, que ele faculte, em seu avesso, a emergência do sujeito tanto no que toca aos professores quanto aos alunos (alunos os quais, em vista disso, talvez não recusem hegemonicamente o ensino, uma vez que haverá, nesse caso, lugar para o desejo que os habita).
Psicanálise e Educação: (im) passes subjetivos contemporâneos - Vol. III
- Editora : Fino Traço Editora (3 agosto 2015)
- Idioma : Português
- Capa comum : 232 páginas
- ISBN-10 : 8580542561
- ISBN-13 : 978-8580542561
- Dimensões : 22.4 x 15.4 x 1.6 cm
por Maria de Lourdes Soares Ornellas (Editor)